ABSTRACT
Este artigo teve como objetivo estabelecer uma discussão sobre diferentes modos de compreender a etiologia do autismo dentro do campo da psicanálise lacaniana, um deles que circunscreve o autismo enquanto psicose e o outro que o compreende como uma nova estrutura nosográfica. Para tanto, foi preciso retornar às elaborações de Jacques Lacan sobre a constituição do sujeito para que fosse possível refletir sobre os percursos teóricos dos autores identificando convergências, como a perseguição que o sujeito autista vive em relação aos signos da presença do Outro, e de que ordem são as divergências sobre a etiologia do autismo, se puramente políticas ou se possuem relevância clínica e epistêmica. A partir de proposições lacanianas como o estádio do espelho e os processos de alienação e separação, foi possível desenvolver a questão da entrada - forçada - do sujeito na linguagem e identificar a dimensão real do gozo que pode contribuir com a discussão clínica sobre a complexidade da aquisição da linguagem no sujeito autista.
This article aimed to establish a discussion about different ways of understan-ding the etiology of autism within the field of Lacanian psychoanalysis, one of which circumscribes autism to the realm of psychosis and the other that understands it as a new nosographic structure. In order to do so, it was neces-sary to return to Jacques Lacan's elaborations on the constitution of the subject so that it would be possible to reflect on the theoretical paths of the authors, identifying convergences, such as the persecution that the autistic subject expe-riences in relation to the signs of the presence of the Other, and of what order are the divergences about the etiology of autism, whether purely political or if they have clinical and epistemological relevance. From Lacanian propositions such as the mirror stage and the processes of alienation and separation, it was possible to develop the issue of the forced entry of the subject into language and to identify the real dimension of jouissance that may contribute to the clinical discussion on the complexity of the language acquisition in the autistic subject.
Este artículo tuvo como objetivo establecer una discusión sobre diferentes modos de comprender la etiología del autismo dentro del campo del psicoaná-lisis lacaniano, uno de ellos circunscribe el autismo como psicosis, y el otra lo comprende como una nueva estructura nosográfica. Por lo tanto, fue necesario retomar a las elaboraciones de Jacques Lacan sobre la constitución del sujeto para que fuera posible reflexionar sobre los recorridos teóricos de los autores, identificando convergencias, como la persecución que el sujeto autista vive en relación a los signos de la presencia del Otro, y de que orden son las diver-gencias sobre la etiología del autismo, si son simplemente políticas o si tienen relevancia clínica y epistémica. A partir de proposiciones lacanianas como el estadio del espejo y los procesos de alienación y separación, fue posible desar-rollar la cuestión de la entrada forzada del sujeto en el lenguaje y identificar la dimensión de lo real del goce, que puede contribuir con la discusión clínica acerca de la complejidad de la adquisición del lenguaje en el sujeto autista.